CRIANÇA
"A criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência,...
"A criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contactos sociais como integração da personalidade e por prazer." Donald Winnicott.
Avaliação Psicológica da Criança
A Avaliação Psicológica, é um procedimento que visa avaliar os diversos processos psicológicos que compõem o indivíduo, sendo o Psicólogo o único profissional habilitado a exerce essa função.
A avaliação da criança tem especificidades inerentes à sua faixa etária, existindo diversas técnicas para se aceder a material fundamental para a compreensão do seu funcionamento psíquico. Trata-se de um processo que implica as seguintes etapas:
- Elaboração da história de vida da criança - através dos pais, são recolhidas informações acerca do percurso da criança e do meio onde se insere até aos dias de hoje, para uma maior compreensão dos sintomas, desconforto, desiquilíbrio ou desajuste actuais.
- Avaliação das competências cognitivas - através de actividades e provas estruturadas, bem como de provas projectivas.
- Avaliação do desenvolvimento socio-emocional - através do jogo lúdico, do desenho, de provas projectivas e de observação comportamental.
- Devolução aos pais - a avaliação finaliza-se com uma sessão onde os dados da avaliação e o parecer do/da terapeuta são transmitidos aos pais. Se a informação sistematizada indicar necessidade de acompanhamento psicoterapêutico, é apresentada uma proposta terapêutica em função da avaliação realizada.
Psicoterapia da Criança
A criança encontra-se em constate desenvolvimento, estando diariamente exposta a desafios que a levam a desenvolver diversas competências. Este processo ocorre ao ritmo de cada criança, podendo surgir algumas dificuldades numa ou noutra área do desenvolvimento. Em casos mais graves, as fragilidades podem assumir uma importância tal, que a criança manifesta quadros psicopatológicos conhecidos.
A psicoterapia é um método que visa a mudança de aspectos psicológicos e emocionais, baseado no conhecimento científico do funcionamento humano. Esta mudança terá como consequência a diminuição e/ou a extinção de sintomas ou comportamentos desajustados por parte da criança.
A psicoterapia da criança, tem em conta a etapa de desenvolvimento onde a mesma se encontra, sendo que o jogo, as brincadeiras, as actividades lúdicas, os desenhos, e acima de tudo a qualidade da relação estabelecida entre a criança e o/a terapeuta são factores decisivos.
Tratando-se de uma intervenção fulcral para a promoção do bem-estar e desenvolvimento, a psicoterapia com a criança por si só é insuficiente, sendo fundamental envolver os pais neste processo, através de sessões regulares.
Áreas de intervenção:
- Atrasos no Desenvolvimento;
- Perturbações do Espectro do Autismo;
- Regressões Comportamentais;
- Comportamento de Oposição;
- Hiperactividade/Irrequietude Psicomotora;
- Situações de Divórcio;
- Perturbações do comportamento alimentar;
- Perturbações do sono;
- Enurese e/ou encoprese;
- Perturbações das Relações Sociais;
- Fobias;
-Maneirismos/tiques;
- Medos, ansiedade;
- Agressividade;
- Angústia de Separação;
- Insucesso Escolar;
- Depressão da Criança;
- Perturbações da Linguagem;
- Etc.
Aconselhamento Parental
Trata-se de uma intervenção que visa orientar e aconselhar os pais na sua difícil tarefa de educar e lidar com os filhos, procurando fornecer metodologias e estratégias facilitadoras do papel parental. O objectivo é dotar os pais de um maior número de estratégias e mais adequadas às necessidades de cada criança, com as suas características particulares, procurando o bem-estar de toda a família.
Pode decorrer individualmente ou em grupo. Na segunda opção, faz sentido que os pais partilhem algum elemento em comum, por exemplo, idade dos filhos, quadro psicopatológico da criança, problemática em causa, etc.
